Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Mateus 16:24-26
O texto bíblico acima possui um profundo ensinamento como “linha mestra“, se assim podemos definir. Com bastante objetividade, vamos refletir sobre isso.
O Evangelho de Mateus foi escrito em grego. Portanto, a palavra que foi utilizada no lugar de “alma” foi a palavra “psyché“. E, não menos interessante, as palavras em português “vida” também foram traduzidas da palavra grega “psyché“. Isso nos leva a entender que Jesus não falava aqui sobre a nossa espiritualidade propriamente dita, mas falava sobre a mente humana, ou seja, sua estrutura psico-emocional, nosso estado emocional e nossa saúde mental.
Aqui, Jesus deixa claro como água cristalina que aquela pessoa que deixa suas prioridades de lado para viver o projeto de Deus faz a melhor escolha que poderia fazer em toda a sua vida. Além de todos os benefícios inquestionáveis que recebemos quando nos aproximamos de Jesus, existe um ponto específico que gostaríamos de ressaltar neste artigo.
É indiscutível que um dos principais ensinamentos do cristianismo – se assim podemos classificar – é deixar nossos desejos pessoais em segundo plano para cuidar de pessoas necessitadas. Ou seja, amor ao próximo. Ágape puro e simples.
Agora, vamos aos pontos interessantes…
Ao ajudar outra pessoa, o corpo libera oxitocina — um hormônio que ameniza essas emoções negativas, gerando uma sensação de bem-estar e ativando os centros de recompensa do cérebro. Ao agir em prol do outro, portanto, o indivíduo está incentivando a produção deste hormônio, obtendo uma sensação de solução e de dever cumprido. Não fazer nada, por outro lado, promove mais ansiedade e gera desconforto e sofrimento.
De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, ajudar ao próximo faz bem ao coração, aumenta a imunoglobulina A (anticorpo que defende o organismo contra infecções respiratórias), a vitalidade e a expectativa de vida das pessoas. Para chegar a esta conclusão, o estudo coletou e analisou dados de mais de 2.700 pessoas ao longo de dez anos.
Além disso, é comprovado que pessoas que ajudam o próximo apresentam benefícios como: Diminuição de sintomas de depressão e ansiedade; sentem-se bem consigo mesmas; Não ficam remoendo os próprios problemas; Sentem-se mais gratas por aquilo que possuem.
Por conseguinte, de acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, quem age voluntariamente vive mais. Ao perceber a felicidade dos outros, o cérebro libera endorfina, responsável pela sensação do bem-estar, diminuindo as chances de se ficar doente.
Talvez você tenha chegado a mesma conclusão que eu. Quanto mais o ser humano se torne egoísta, mais ele perde sua felicidade. Assim sendo, busca-a em lugares errados e acelera o seu processo de autodestruição. Pobre homem que não percebe que a verdadeira felicidade só se encontra deixando o seu “eu” de lado e indo cuidar dos outros. Em outra palavras, vivendo intensamente o evangelho de Jesus Cristo.